terça-feira, 28 de agosto de 2012


 "Não mendigue amor. Muito menos queira depender desse sentimento pra ver o que está ao seu redor. Não se entregue a algo que só você sente. Todos mentem, os escritores de romance, os editores de comerciais, os desenhistas de cartão. Ninguém deseja só dar amor. A verdade é que desejamos ser correspondidos, retornar ligações e rir das coisas em comum que temos, e notar que a maior entre todas elas é essa droga de sentimento que todos nós julgamos suficientemente capaz de permanecer vivo sem esforços. É mentira. A falta incomoda, corrói, machuca. E isso, é substimável? E essa solidão que você ainda sente aí é substimável? Dar amor nunca foi suficiente, os mais lendários romances só existem porque dois amaram, porque dois sentiram, porque dois se entregaram. Os solitários pertecem a outros tipos de histórias, aos dramas, às mórbidas pertubações de livros com longas páginas. Porque só amar… Bem meu amigo, só amar não esquenta sua cama, quando a noite chega."

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Odeio gente falando de mim a todo tempo. Contando histórias como se soubessem mais da minha vida do que eu. Odeio ter que bancar a boazinha e fingir que não vejo nada do que estão fazendo comigo. Odeio ter que ficar calada, enquanto saem me ofendendo por ai. Odeio ir tirar satisfações e as pessoas se acovardarem. Odeio estar certa, e ser apontada como a errada. Odeio ser dona de acusações de pessoas tão culpadas quanto eu. Odeio não ter o direito de me expressar e de não falar o que eu sinto. Odeio gente sínica que se finge de amigo e te apunhala pelas costas! Odeio gostar de certas pessoas, e elas não me respeitarem nem um pouco. Odeio quando falam uma coisa comigo, e dizem o oposto pra outras pessoas. Odeio tanta gente, tanta coisa, que vou acabar explodindo a qualquer momento.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


De repente, você vê que aprendeu várias coisas. Mas não foi de repente, foi aos poucos. "De repente" não quer dizer que você aprendeu rápido. Quer dizer que você não percebe que está aprendendo, até que aprende. Você olha pra suas fotos antigas e não consegue se enxergar. Você lembra de frases ditas e atitudes tomadas e as trata como se fossem de um outro alguém. Você aprende que não há amor que não acabe, doença que não se cure, não há estrada sem fim. O caminho, sim, é sem fim. Basta torcer para estar percorrendo o caminho certo. Basta perceber que o seu caminho é errado e esperar pelo próximo retorno. É uma estrada de duas mãos. De repente, você se sente cansado de tanto aprender quando, na verdade, você está é cansado de estar rodeando de gente que não aprendeu porra nenhuma. Não te preocupa. Todos aprendem, cada um a seu tempo. O problema é que alguns demoram tanto que acabam morrendo antes da primeira aula. Talvez você tenha aprendido mais que eu, ou até menos, ou então aprendido coisas diferentes, ou matado todas as tuas aulas mais importantes. Não sei mesmo, mas minha única certeza é que eu não concordo com uma vírgula do que você diz.
- Lucas Silveira

sexta-feira, 13 de julho de 2012


Não sou mais alguém que chora por uma simples tristeza. A parada agora é a maldita raiva. Um sentimento que não chega lá na magoa nem no rancor. É momentânea, passa. Ainda bem. Porque se não passasse seria mais um problema para a minha coleção. Ela surge em várias ocasiões: quando tentam me manipular e impor conceitos em mim que eu nunca vou digerir. Motivos e mais motivos que sendo pequenos ou não, estragam o meu dia. Sorte a minha que estou de passagem. Agradeço aos fones de ouvido, as músicas inspiradoras, a técnica de respirar fundo, ao meu sono de beleza… E que revolta, sabe? Nasci com serenidade no cérebro. Pensei que conseguiria manter a calma pelo resto da minha vida. Mas não. Já no início da minha adolescência comecei a sentir os graves sintomas do que é viver numa nação estressada e abusiva. A raiva foi a armadura mais conveniente que achei para usar. Fora que não me custa nada. É totalmente grátis, “0800”, do jeito que eu gosto. Antes eu descontava nos outros, hoje… Faço questão de esconder. Não dizem que fraquezas devem ser escondidas para que os inimigos não enxerguem nossos pontos fracos e imediatamente queiram nos atacar? Pois é. Tô fazendo o mesmo com o excesso de chateação. Não mando indiretas, envio sinais, rio para disfarçar a cólera… Fingir é uma opção mais preventiva. Não quero aumentar as complicações e nem lembrar eternamente delas. Preciso simplificar minha vida o máximo possível. Explorar ideias e sentimentos que me façam bem, que resultem numa explosão química boa. Mereço a paz que tinha quando balbuciava “gugu dada”. Não sou pregador, não aceito que me pressionem sobre algo. É isso aí. Que a paz chegue até a vocês. Mas primeiro que chegue a mim. Meus nervos estão me matando por dentro. 


Nós prometemos que nunca iríamos nos separar. Que a nossa amizade seria eterna, e que em hipótese alguma, não importa o que acontecesse, iríamos nos afastar. Eu realmente cheguei a acreditar que tudo isso iria funcionar. Que as nossas promessas seriam cumpridas, e que a cada dia que passasse, nos tornaríamos mais unidas, e mais, e mais. Acho que fui ingênua por acreditar que isso poderia dar certo, já que sei que na vida, todo mundo entra e sai, e ninguém permanece. Me iludi porque pensei que com você seria diferente, que você era diferente. A verdade é que eu te conhecia melhor que ninguém, sabia das tuas manias e costumes. Éramos daquelas, que conseguiam conversar apenas por alguns olhares em meio a multidão. Você sempre adivinhava, ou talvez até sentia, quando eu não estava bem, e não largava do meu pé até que eu contasse o que havia acontecido. Nós éramos como irmãs - ou melhor, éramos irmãs, não de sangue mas, isso não importa - daquelas que brigavam, e que segundos depois, já estão conversando. Fazíamos tudo juntas, inseparáveis, e é claro, nos ferrávamos juntas. Pura verdade, achei que isso ia ser para sempre, que quando ficássemos adultas, iríamos nos visitar, e que eu iria ser a madrinha dos teus filhos, e tu a madrinha dos meus. Que nos trataríamos como irmãs mesmo, legítimas. Eu pensava que você se importava comigo, assim como demonstrava com aqueles olhares, e singelas palavras que faziam o meu dia parecer melhor. Nunca passou pela minha cabeça que de uma hora para outra você iria mudar, assim como o fez. Que de melhores amigas, íamos passar a quase que desconhecidas. Será que é um tipo de instinto humano, enganar os outros de tal forma? Ou será que isso não foi falsidade? Na boa, não consigo compreender o que houve com você. Me perco em meus próprios pensamentos tentando entender, o que foi que aconteceu com você. Não consigo compreender… Talvez você não tenha mudado, quem sabe, era eu quem não te conhecia.

quarta-feira, 4 de julho de 2012


É que não vale apena chorar por quem não merece (…) a vida nos prega muitas peças, eu sei… mas essa entrada e saida de pessoas em sua vida com certeza tem algum propósito, Deus não iria tirar pessoas que você ama sem você receber alguma recompensa no final. Eu sei que ele prometeu que não iria te abandonar, e disse que você era o amor dele, mais hoje as coisas estão completamente “clichês”, fora o fato das pessoas que tem que fazer as outras se sentirem mal pra poder se sentirem bem. Não se abala por isso, você é mais do que tudo mundo pensa, você é mais do que você é, não se torture ou se culpe porque de qualquer forma a errada sobre tudo o que acontece não é você, tudo que se perde ou se ganha, tem um motivo, e esse motivo só é descoberto depois do período da dor, é difícil… até mais do que se pensa, mas o negócio é erguer a cabeça e seguir em frente.

segunda-feira, 25 de junho de 2012


E eu nem sei quando foi que comecei a achar bonito o teu sorriso. Nem quando comecei a passar alguns minutos olhando a tela do meu celular esperando algum sinal de que lembrou de mim ou qualquer coisa assim. Nem quando comecei a torcer pra você dizer que sentiu a minha falta ou que lembrou de alguma coisa que me envolva e sorriu, rapidamente, me fazendo pensar que não sou tão boba assim por pensar em você o tempo inteiro. Aliás, também não sei quando foi que passei a pensar em você o tempo inteiro. Eu acordo, passa o dia inteiro, vou dormir e só acontece você em mim. Eu nem sei quando foi que comecei a sorrir ao escutar o barulhinho de mensagem chegando, nem quando meu coração começou a dar pulos de alegria sem parar por ouvir um “eu te amo”. Nem sei quando comecei a sentir tua falta, ou desejar a tua presença nos lugares onde estou. Muito menos querer estar ao teu lado para cuidar de você ou, simplesmente, estar. Nem quando tive tanta confiança ao ponto de não ter medo de que você desistisse de mim. Eu nem sei quando foi que me tornei assim: tua, mas tão tua, que eu não sei mais ser minha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Vai ter um dia que você vai ficar trancada no seu quarto sem querer ver nada e nem ninguém. Vai ter um dia que você vai gargalhar até sua barriga doer. Vai ter um dia que você vai chorar, por que perdeu alguém ou por que não tem alguém. Vai ter um dia que você vai estar com alguém que te faça feliz mesmo que só apenas em um dia. Vai chegar a hora de enxugar as lágrimas e sorrir como se nada tivesse acontecido. Vai chegar a hora de jogar tudo pra cima por que ninguém é de ferro e todo mundo erra. Você vai encontrar alguém que vire sua cabeça, desarrume sua vida e não te deixe em paz. Você vai encontrar alguém que te ajeite, te arrume e te traga calma, mas você vai escolher quem te revira do avesso. Você vai encontrar alguém que te prometa todas as coisas que o mundo pode oferecer mas na primeira oportunidade se vai. Você vai encontrar alguém que não te diga nada, não te prometa nada, mas vai te surpreender ficando ao seu lado pelo resto da vida. Vai ter dia que você vai acordar e desejar ficar na cama. Vai ter dia que você nem vai conseguir deitar nela. Nenhum dia vai ser igual. As pessoas passarão pela sua vida e as mais especiais ficarão. Você não vai saber quem ficará e quem irá embora. Vai ter um dia que você vai sentir falta delas, por que muitas não voltarão. Vai ter dia que você vai erguer a cabeça e perceber que a vida continua independente das pessoas. Ela não volta e não para. Ela só continua. 

-Sex and City